sexta-feira, 16 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Etcetera em bate-papo no Sesc Vila Mariana



Quarta-feira, dia 14/10, às 20h00, rola um bate-papo sobre literatura na internet. Para debater sobre o tema foram convidadas as escritoras Índigo e Andréa Del Fuego, Edson Cruz, escritor e fundador do site Cronópios, e Sandro Saraiva, editor da revista eletrônica Etcetera. Ivan Marques fará a mediação. Capitaneado pela Regina Siqueira do Núcleo da Imagem e da Palavra do Sesc Vila Mariana, o projeto acontece no auditório do Sesc com entrada gratuita. O Sesc Vila Mariana fica na rua Pelotas, 141, perto da estação Ana Rosa do metrô.

Venha tomar umas com a gente e traga suas indagações como companhia!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Etcetera Indica


RODRIGO GARCIA LOPES
Dia 22/09, Terça-feira, 20h30

O poeta e compositor apresenta no show Canções do Estúdio Realidade músicas de seu primeiro disco, Polivox (2001), e inéditas que farão parte de seu próximo trabalho. Rodrigo Garcia Lopes (voz e violão), Marcos Scolari (teclado, acordeon e efeitos eletrônicos) e Eduardo Battistela (percussão).

MARCELO SAHEA
Dia 29/09, Terça-feira, 20h30

Sahea apresenta a performance poética intermídia Pletórax onde transita entre a poesia falada, poemas objeto, poesia visual, música e vídeo, sempre buscando a materialidade da palavra por meio do som, trazendo à tona poemas dos livros Carne Viva e Leve. Concepção, poemas, performance e direção: Marcelo Sahea.

As apresentações fazem parte do projeto Prosódias que ressalta a intersecção entre a poesia e outras linguagens artísticas e acontecem no auditório do Sesc Vila Mariana.

Sesc Vila Mariana:
rua Pelotas, 141 - Vila Mariana - São Paulo / SP - tel.: (11) 5080 3000
Auditório:

R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes);

R$ 6,00 (usuário matriculado, idoso, aposentado e estudante com carteirinha)

R$ 12,00 (outros).

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

À moda da casa



Além da Etcetera, e do e-zine [sub], encarte eletrônico da revista, edito os blogues Cabaré Subterrâneo e Fantasmas. Por que tantos títulos e tantos lugares diferentes para publicar? Mania de ex-fanzineiro, simplesmente. Gosto muito da idéia de se criar seu próprio espaço de (in)formação. Auto-elogio não vale, mas auto-promoção é mais do que necessário. Afinal de contas, ninguém aqui é capa do The New York Times!

Cabaré Subterrâneo: um blogue de bolso pra quem gosta de whisky vagabundo.

Sandro Saraiva (com Explosions in the Sky ao fundo)

sábado, 29 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Bem frequentado



O cartunista Paulo Stocker, que participa da edição atual da Etcetera com seus "Esboços da Cidade" faturou o HQ Mix com a revista Tulípio, produzida em parceria com Eduardo Rodrigues. A dupla traduz para o cartum toda aquela aura de boteco que todo bom frequentador conhece. Não por acaso, a revista é distribuída gratuitamente em bares de São Paulo e Rio de Janeiro. Quem quiser, pode pedir uma mesa pro garçom direto no Boteco do Tulípio. Diversão garantida ou seu dinheiro de volta! Ah, claro, um brinde aos boêmios Stocker e Rodrigues.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Corredor Polonês


Paulinho Barnabé em ação nos longínquos anos 80

Mais dois amigos linkaram a Etcetera em seus blogues. Em Eu, Ela, o Cão e o Affair Redivivo Rodrigo Carneiro falou da entrevista com o Patife Paulo Barnabé. Pra quem não conhece, Carneiro é vocalista de uma das bandas mais fudidas dos anos 90, na ativa até hoje: o Mickey Junkies. Ah, cê não conhece mesmo?! Então clica aqui ó.

Marcelo Montenegro - poeta, escritor e torcedor do Santos Futebol Clube de Glórias Mil - também falou sobre a entrevista do Paulo Barnabé em seu Orfanato Portátil, ressaltando o lance da "influência" que os Titãs do Iê Iê Iê sofreram da Patife Band. "Influência" vem entre portentosas aspas, pois na verdade os garotos do Colégio Equipe deram um copy/paste dos mais deslavados na sonoridade da banda do Paulinho. O foda é não assumir e ainda sair como inventor. Cê não acredita? Tá legal, dá uma ouvida então em "Pregador Maldito" e "Bichos Escrotos", depois dá outra sacada em "Tô Tenso" e "Cabeça Dinossauro", se não estiver convencido, escuta "Poema em Linha Reta" e depois "Porrada". O melhor mesmo é sacar todo o Patife Band e o Corredor Polonês e depois ouvir com atenção o Cabeça Dinossauro.

Três vivas para a indústria cultural!

Sandro Saraiva

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Arquivo

Fuçando nos arquivos da Etcetera, encontrei essa entrevista que concedi ao Diário de Maringá há mais de um ano. Aos poucos, vamos abrindo todo o baú.

O texto ficou bacana, só faço uma pequena observação: não me defino como animador cultural, só respondi a pergunta sobre qual era minha profissão, e é isso o que faço atualmente. Nunca me defini como porra nenhuma. Eis o texto:

D+ | Literatura | Atualizado Domingo, 27/01/2008 às 02h00

Sobre livros e cliques
Sites e blogs independentes sobre literatura ocupam o vazio deixado pelas antigas revistas e suplementos literários; editores dizem que publicam o que gostariam de ler

Thiago Alonso
alonso@odiariomaringa.com.br

Na mesma medida em que revistas tradicionais - ou nem tanto - sobre literatura desaparecem das bancas e das livrarias do País, novos sites e blogs sobre livros surgem a cada dia na internet. Antes, é bom distingüir que tipo de revista (ou impresso) sobre literatura temos (ou tínhamos, talvez deva ser este o tempo do verbo). Há aquele que é encartado em jornais, em cadernos culturais ou como suplementos literários, e que têm uma preocupação assumidamente mercadológica. Não é raro, portanto, que se encontre nos suplementos sobre livros comentários sobre os mesmos assuntos, afinal, quem dita as regras é o mercado. Um dos exemplos era a revista EntreLivros, que encerrou sua atividades em dezembro do ano passado.

Em um viés contrário, as revistas literárias são bem mais abertas às novidades, sem se prender aos modismos e assuntos que ditam a pauta do jornalismo diário. Os temas são mais abertos, não pautados pelo comercial, abrangendo um leque de idéias que, em um primeiro momento, não teriam espaço. Além disso, nomes desconhecidos do grande público geralmente aparecem na autoria dos textos. Embora os tipos de publicação tratem de literatura, as diferenças são enormes, tanto para quem lê quanto para quem edita esse tipo de material. Um outro traço em comum une as revistas literárias (que é um reflexo do mundo contemporâneo): geralmente são publicadas na internet.

Essa, no entanto, não é a única semelhança entre essas publicações, que reúnem novos escritores entre seus leitores e colaboradores. Sandro Saraiva, de 34 anos, é graduado em Letras, pós-graduado em literatura contemporânea e define-se como animador cultural. Ele é um dos editores da revista Etcetera (http://www.revistaetcetera.com.br/) e diz que o leitor de revistas eletrônicas é um tipo de pessoa que não fica esperando a informação, mas corre atrás dela. "Nunca fizemos pesquisa de perfil, mas pelos e-mails e comentários postados na rede, percebemos que é variado; de escritores a estudantes, de curiosos a professores universitários", diz.

Para Edson Cruz, de 48 anos, que além de editor e revisor da Revista Cronópios (http://www.cronopios.com.br) tem formação em Psicologia, Música e está cursando Letras, saber o perfil do leitor de revistas literárias na internet é difícil, justamente pelo meio onde é publicada. "A internet é uma terra de ninguém. Você nunca sabe quem está observando", diz, afirmando que a massa que dos leitores da Cronópios é formada por escritores, pessoas que estão se iniciando na literatura ou aqueles que têm a curiosidade de saber o que está acontecendo de novo na produção. Já a Germina Literatura tem sob seu comando a advogada Mariza Lourenço e a socióloga e redatora Silvana Guimarães. Elas concordam que aqueles que lêem a Germina são, em sua maioria, escritores e poetas.

Nenhuma dessas revistas lucra com a iniciativa. Na verdade, apesar de publicadas na internet, têm despesas e muito trabalho, já que para organizar todo o material recebido é necessário tempo. Sandro Saraiva, da Etcetera, diz que a revista surgiu em 2001, inspirada nos fanzines com a atitude do it your self. O desejo era publicar um conteúdo sobre cultura e arte. "É aquela velha história: publicar uma revista que gostaríamos de ler", diz Saraiva.

A Cronópios teve o mesmo início. "O site surgiu porque sentimos a necessidade de fazer algo bacana, lúdico, sem o siso que costumamos ver em revistas e sites literários por aí", diz o editor do site Edson Cruz. Já a Germina Literatura (http://www.germinaliteratura.com.br/) começou como uma seção em um outro site, no ano de 2003. Depois de reformulações, virou revista em 2005. As editoras Mariza Lourenço e Silvana Guimarães explicam que o propósito é o mesmo: "divulgar literatura, estimular o debate. Hoje, possuímos um grande acervo de obras de escritores, poetas e especialistas".

Pluralidade é a palavra
Conteúdo das revistas eletrônicas de literatura é pautado muito mais por busca da diversidade e desejo de liberdade do que por razões de mercado

Thiago Alonso
alonso@odiariomaringa.com.br

A principal característica da revista literária eletrônica é a pluralidade e liberdade com que tratam a literatura. Na maioria deles, o que pauta é qualidade do que é publicado, não a época, o lugar de nascimento ou o sobrenome do autor. Muito menos razões mercadológicas. São publicações mais democráticas. A Etcetera, por exemplo, especializou-se em autores menos conhecido.

"Publicamos autores underground, entendendo o underground como linguagem e não simplesmente como meio de produção. A questão de gênero e época pra nós é uma idéia morta. Entendemos literatura como algo vivo, pulsante, mesmo estando falando de autores como Augusto dos Anjos, por exemplo. Selecionamos o material que tenha a ver com nossa linha editorial e que, em nossa opinião, tenha adequação entre forma e conteúdo, simples assim", diz o editor Sandro Saraiva.


A Cronópios é ainda mais livre, basta a disposição em colaborar, garante seu editor. "[Publicamos] todos os autores e gêneros. Claro que os que aceitarem colaborar, pois não temos patrocínio nenhum e não podemos pagar nada. Aliás, só gastamos...", revela Edson Cruz. Já para a Germina, a literatura contemporânea é o carro-chefe. "Não discriminamos gêneros literários ou sua época, mas privilegiamos a literatura e a arte contemporânea. Recebemos colaborações periódicas (e graciosas) de escritores, poetas, jornalistas, artistas plásticos, músicos", diz Silvana Guimarães.

"Em nossa seção de autores, publicamos novos talentos ao lado de escritores e poetas reconhecidos pelo público. A seleção fica por nossa conta, às vezes, assessorada por especialistas que compõem o nosso conselho editorial informal", explica a co-editora da Germina.

Com iniciativas como a das revistas literárias na internet, a literatura tem seu espaço garantido. Basta o leitor ir atrás.

Como é o mercado de revistas literárias eletrônicas no Brasil? Existe a possibilidade de ganhar dinheiro?


Sandro Saraiva (Etcetera): Boa pergunta. Se existe possibilidade de ganhar dinheiro, ainda não descobrimos qual é, mas com certeza deve existir. Não saberia te dizer, talvez através de leis de incentivo, apoios culturais, etc., se consiga manter bem uma revista eletrônica com pessoas recebendo pelo trabalho que fazem. Não vislumbro um mercado propriamente dito, pode até ser que exista um, mas ainda não fomos apresentados a ele.

Edson Cruz (Cronópios):

Obviamente, tem crescido muito. E isso é bom. Os sites, ou revistas eletrônicas, estão se aprimorando, usando mais e melhor os recursos da web. Hoje em dia já não vale colocar textos em Word num site feito sem apuro e sem pegada conceitual. O Cronópios veio para contribuir com esta mudança.

Mariza Lourenço e Silvana Guimarães (Germina): Não possuímos informações confiáveis sobre o mercado de revistas literárias. Não há um mecanismo de controle eficiente, que possa demonstrar quantas são, na verdade. Volta e meia, temos notícias de revistas que surgem e revistas que acabam, porque não se sustentam. Nossa análise, portanto, fica restrita àquelas que já conhecemos, em geral, de propriedade de editores conhecidos. Nesse nicho, ousamos dizer, que o mercado eletrônico literário está bem servido. As que já se firmaram, são excelentes.

A internet tende a tomar lugar do impresso?


Sandro Saraiva: Não.

Edson Cruz: Acho que cada vez mais. Nos Estados Unidos 70% da publicidade feita em jornais e revistas já migraram para a internet. Isso é significativo. Com o avanço da tecnologia e monitores mais adaptados para transporte e leitura, as publicações em papel vão diminuir sensivelmente. Pelo menos as árvores sairão agradecidas...

Mariza Lourenço e Silvana Guimarães: Acreditamos que a curto ou médio prazo, não. A Internet é uma mina de meios preciosos para a divulgação da literatura, sejam visuais ou auditivos, que permitem, por exemplo, que um poema dance na tela. Existem coisas lindas por aí. Que, no entanto, mesmo quando mais rápidas, ainda são lentas para o leitor mais impaciente. Às vezes, cansativas, por excesso de imagens e/ou efeitos especiais.

Ela é um bom suporte para quem nunca foi publicado e para quem busca divulgar o que publicou no papel. Mas a maioria, conforme já constatamos, prefere a palavra escrita. Há aqueles, inclusive, que sentem falta do "cheiro" do livro, ou ressentem-se da impossibilidade de usar o "tato" para folhear o papel. É uma questão absolutamente cultural, não é mesmo? E que demora muito a mudar.

Quais são as despesas desse tipo de revista e como fica a questão de custos?

Sandro Saraiva: No caso da Etcetera, nossa única despesa é com o provedor. Em torno de 40 reais por mês.

Edson Cruz: Os custos são divididos pelo Pipol [o outro editor da revista] e por mim. Custos de provedor, banda larga. Fora as horas diárias de trabalho, troca de emails, revisão, ilustração, gravação de entrevistas, produção de programas, edição dos programas, etc...

Mariza Lourenço e Silvana Guimarães: Nossas despesas referem-se unicamente ao pagamento de domínio e hospedagem do site, e, excepcionalmente, ao pagamento de algum serviço especializado para a confecção de uma página que, porventura, use linguagem que não seja de nosso conhecimento. De resto, as editoras fazem tudo (de graça).

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Terra de Ninguém


foto: Robert Frank

Uma das coisas que acho mais legal na internet é a noção de rede. É interessante verificar como uma informação vai se alastrando, criando uma onda de gente que se envolve, que participa, que critica. Claro que tem um monte de merda na internet, como também tem um monte de merda na televisão, na mídia impressa e em qualquer lugar. Sempre, quando se trata da world wide web, ouço nêgo usando a expressão "terra de ninguém", tentando soar pejorativo. Acho "terra de ninguém" uma puta expressão bonita pra caralho. Tomara que continue sendo sempre "terra de ninguém", do contrário, significa que alguém tomou as rédeas. Aí sim, aí vai virar "terra de alguém". Aliás, gostaria que a internet fosse ainda mais "terra de ninguém" do que realmente é. Não se iludam macacada!

Aproveito esse post pra agradecer o pessoal que tem difundido a Etcetera em suas ilhas, espeluncas, salas, blogues e afins: Ademir, Marcelo, Leo, Paulo, Sergio, Ikeda, valeu pela generosidade e guerrilha.

Kick out the jams, motherfuckers!

Sandro (ao som de, obviamente, MC5)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Edição 24 na rede!


Capa: Douglas Silva

Pois é, mais uma edição da revista Etcetera na rede. É o vigésimo quarto número de uma parada que começou em 2001.

Neste número, cheio de novidades, tem entrevista com Paulo Barnabé, o homem por trás da Patife Band. Sem dúvida uma das bandas essenciais do cenário musical brasileiro. Estréia do Download Dramaturgia, projeto que visa publicar textos de teatro em forma de livro em PDF. Em primeira mão, duas peças e entrevista com o dramaturgo Sergio Mello. Já o desenhista Paulo Stocker mostra esboços de uma cidade repleta de poesia, até mesmo em sua cinzenta deselegância. Nosso colunista de cinema, Marcelo Ikeda, fala sobre a nova geração de realizadores de Fortaleza, trazendo à tona um cinema feito com grande liberdade formal e diversidade estilística. Celso Paraguaçu, que já havia participado em edições anteriores, inaugura sua coluna na Etcetera. Em Crônico Cronista deste número, narra as desventuras causadas por um elefante no meio do trânsito de São Paulo. Pra finalizar, como sobremesa, [sub], nosso encarte eletrônico em formato de e-zine.

Sirvam-se à vontade, se gostarem, podem repetir.

Sandro Saraiva (ao som de Mark Lanegan)